sábado, 31 de janeiro de 2009

Reflexões (no banho).

Sinto que me faz falta tempo. Nos dias que correm apenas temos tempo para a vida (se por vida entendermos o nosso dia-a-dia). Acordamos (sempre atrasados que uns minutinhos na cama a mais sabem sempre optimamente), tomamos o pequeno-almoço (quando há tempo), metemo-nos num qualquer transporte para a faculdade, beijinho para aqui, um olá para ali, assistimos às aulas (nem sempre), almoçamos, mais aulas (mas isto não acaba?), lanchamos, jantamos, conversas de café, transportes, um barzinho (de vez em quando), um filmezinho (outras vezes), estudar (apenas quando é estritamente necessário), trabalhos (que aparecem aos milhões), um brinde, os meus lençóis, dormir (sempre pouco).

No meio desta toda 'vida' falta-nos tempo para pensar no que realmente interessa. Na nossa vida. Vida em toda a sua extensão. Aqueles momentos só nossos em que divagamos por aí, sozinhos, ou acompanhados pelos nossos sonhos e todas as outras coisas que são partes de nós. E sim, o todo é sempre diferente da soma das partes. Precisamos de tempo para que todos esses pedacinhos façam sentido juntos. Afinal digam-me, quão bem não sabe estar sentadinho numa esplanada à beira-rio, a beber um qualquer cocktail da moda, a fumar um cigarrinho e a pensar naquelas coisas que só a nós dizem respeito.

Pessoalmente, fazem-me falta momentos desses (e não é pouca!)

Os únicos momentos que vou tendo para pensar (ainda que pouco porque o sono não ajuda) é quando estou no banho. Aquela àgua a sair do chuveiro e a descer-me pelo corpo refresca-me, acalma-me, eleva-me. É nesses momentos que sou um todo. É nesses momentos que consigo pensar nalgumas coisas e organizar o meu ser..

Um dia conto-vos, o que me vai passando pela cabeça nesses 'breves' 30minutos..

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Vai um shot?



- Em minha casa ou na tua?

- Na minha, é claro. Apagamos as luzes..

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Just because I'm losing, it doesn't mean I'm Lost

Desculpem mas acho que estou um bocado viciado em Coldplay.
Ok este é o último prometo prometo. Pelo menos por hoje.

A música chama-se Lost! e (para mim) é das melhores, pelo menos a nível de conteúdo. Claro que sendo dos Coldplay isso já era de esperar e não é só isso que é bom.

Aquele que devia ser um 'hino' de vida para muito boa gente.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

(A) Revolução

Não vou falar de revoluções no aspecto mais físico e brutal do seu sentido. Vou falar de uma revolução digamos que mais psicológica. Aquilo a que muitos chama 'A Revolução segundo os Coldplay'.
É verdade três anos depois a banda mostra que está viva (e bem!). Dizem que se fartaram dos 'hinos', que estavam cansados de fazer música "comercial", que precisavam de fazer a música que eles realmente gostavam e não a que precisavam para vender.
10 anos depois do seu início de carreira a banda inglesa pode orgulhar-se de (finalmente) fazer aquilo que realmente queria, sem medos ou hesitações em relação ao impacto que isso poderia ter nas vendas. Mas claro que depois do ENORME sucesso de X&Y, Chris Martin e companhia não podiam ter muito a temer.
E o resultado está a vista. Um CD para ouvir do princípio ao fim. Aproximadamente 1hora de experiências perceptuais. Um caminho a percorrer, aquilo que pode ser considerada a "história" de uma vida, ou simplesmente, uma revolução psicológica constante.

Um albúm que denota muito mais paixão (bem como influências latinas) que qualquer outro dos Coldplay. Ao que parece é isto mesmo que Chris Martin, Jonny Buckland, Guy Berryman e Will Champion gostam de fazer e, quanto a mim, o resultado não poderia ter sido melhor. Depois de Parachutes, A Rush of Blood to the Head e X&Y eis que chega Viva La Vida or Death and All His Friends. Para a gravação do albúm os Coldplay escolheram uma antiga padaria abandonada nos arredores de Londres, onde montaram o estúdio e ganharam inspiração. A revolução daqueles que sempre foram os meninos bem comportados do mundo rock. Um verdadeiro exemplo para a Humanidade não?

Há quem diga que estes meninos bem comportados são os sucessores do U2. Eu digo que os U2 são uma coisa e os Coldplay são outra. Ambos têm o seu valor (que não é pouco), e por isso mesmo, devemos deixar as comparações de lado.

Aqui fica o vídeo para o single Viva La Vida. Aconselho-vos a tirarem um horinha do vosso tempo para ouvir o albúm do início ao fim.

Esperemos que eles passem em Portugal num futuro próximo.

Che Guevara gritou "Viva la revolución"
Os Coldplay gritam "Viva La Vida"

A imagem é o quadro de Eugène Delacroix "La Liberté".

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Feliz ano novo.

Na China acontece hoje. Feliz Ano do boi.

domingo, 25 de janeiro de 2009

I'm a product of my environment

"don't play with me i just want to fuck you"

Ás vezes esquecemo-nos do quanto pode ser bom o que vem antes. Lembrem-se! Deixem-se de pressas, ponham o stress e a rotina de lado e aproveitem tudo, em toda a sua extensão. Desde o início ao fim. O que se sente, justifica.

my advice: get back to the preliminaries. next: finish it well, and most of all, enjoy it.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Eles é que sabem.

Hoje, Sábado.
Há hora do lanche estava ali na zona do Chiado e apeteceu-me um croissant de chocolate.
Sentei-me na esplanada da Bernard e lá pedi o que os meus desejos pediam.
Enquanto esperava sentado na esplanada aparece um pedinte, o que diga-se de passagem é frequente para aqueles lado, mas este pareceu-me diferente. Trazia com ele um sorriso contagioso.
Pediu-me dinheiro e garantiu-me que era para comer, que não tinha qualquer vicío. Nem um cigarro do maço que se encontrava por cima da mesa pediu. Não sei porque acreditei nele e dei-lhe os trocos que tinha.
Passado um bocado ele entra nessa mesma pastelaria onde eu me encontrava, pede um croissant de chocolate e vai-se embora deliciando-se pelo caminho.

Podem ter-lhe tirado muitas coisas, mas ao que parece o prazer de comer um croissant na Bernard a um sábado não lhe tiram. Nem isso, nem a alegria que parece ter com a vida que tem. Pareceu-me mais feliz que muito boa gente que por ali passeava.

Ao que parece quem sabe viver são eles. Pelo menos preocupações de maior não há (ponto)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

(O grande) Allan Stewart Königsberg

Vicky Cristina Barcelona já chegou às salas de cinema portuguesas (finalmente!)
Na altura em que tudo o que é filme bom sai cá para fora (ou não fosse a cerimónia dos óscares estar quase aí), conseguimos ir ao cinema e ficar indecisos em relação a qual o filme que queremos ir ver. É aí que Woddy Allen surge, como já vem sendo seu hábito, em grande.
Desta vez o realizador virou-se para os ares mais latinos da cidade de Barcelona e construiu toda uma história à volta da cidade, mas não deixando de fora claro está uns (vamos chamar-lhes) arzinhos americanos, isto tudo bem num género de comédia dramática a que já nos habituou.
Resta acrescentar que à sua 'actriz-amuleto' Scarlett Johansson juntou a 'actriz-amuleto' de Almodôvar Penélope Cruz. O resultado como é óbvio só podia ser fantástico.

Não vou dizer mais nada a não ser VÃO VER!CORRAM!
É muito bom quer o enredo quer a banda sonora, paisagens etc.
É Woody Allen (ponto)

(a inteligência e imaginação do senhor continuam a impressionar. Allan Stewart Königsberg aka Woody Allen tem 73 anos)

vejam o trailer aqui. vejam o filme nos cinemas.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Yes, We Can

Nestas semanas em que o mundo se esqueceu de (quase) tudo para virar todas as suas atenções para Barack Obama, com excepção da, digamos que fantástica, amaragem de um avião no Hudson, este senhor diz "I have a dream". E ao que consta esse sonho chama-se América. Claro que já todos ouvimos isto na célebre altura do American Dream, ou o estilo de vida americano. Pois bem, ao que parece isto nos dias de hoje desapareceu e a América quer virar-se agora para um novo sonho que não inclui os tão caracteristícos carros que consomem 20L/100Km.
É assim que ele começa a prometer à América a tão desejada recuperação que nos levará a um novo American Dream. E a verdade é que o ar simpático do senhor leva multidões a acreditar que é possível. Só isso já é algo vangloriável não?
A verdade é que não percebo nada de política mas ainda mais verdade é que neste momento todos os olhares estão centrados num homem. E ele é afro-americano e chama-se Barack Obama. Será este um verdadeiro ponto de viragem?
Obama diz "Yes, We Can". Para mim o começo de quase tudo começa no acreditar e lá nisso o senhor não deixa os créditos por mãos alheias. Que ele tem o chamado poder da palavra tem. O resto..em breve veremos.

Obama: "Yes, We Can"
Croud: "Or at least We hope so"

Num tempo que se diz de crise, acreditar é preciso (e urgente).

(the) rise

A minutos do nascer de um novo dia..

A luz começa a substituir vagamente e de forma quase imperceptível a escuridão da noite. A temperatura sobe ligeiramente e o sol vai subindo no céu alertando para muitos que a hora é de se levantarem. Para outros quem sabe é a de se deitarem.

Assim vai nascendo também este blog. Com esperanças de que haja uma luz ao fundo do túnel, que quem sabe traga talvez um bocadinho mais de inspiração.

Também a vida começa assim..Primeiro a escuridão depois a luz!Agora estava a precisar de um daqueles gritos do ipiranga que as crianças mandam quando nascem..Esperem só um bocadinho que vou lá fora. "AAAAAHHHHHHHHHH"
Assim "nasce" este blog. Pelo menos assim parece.

Bom dia! Olá e bem vindos a este espaço.
beijos a quem é de beijos. abraços a quem é de abraços.

fico-me por aqui.